Não sei como te deixo pores-me assim... Como te deixei entrar sem que por inteiro fosse. Não me reconheço nas decisões que tomei, mas fui eu que as fiz e que as senti como nunca. Não me arrependo mas sinto que algo mudou em mim, que algo de novo surge cá dentro e foste tu que o puxaste. Gosto desse meu lado que fizeste trazer ao de cima. É feliz.
Acordei hoje de manhã agarrada a ela. Continua com o teu cheiro que já se pegou ao meu pijama. Não sai. Estás em mim. Não quero que saias. Não quero que leves o que já deixaste, o que sinto que entregaste, embora pareça pouco...para mim é muito, muito.
Ontem não a quis apertar junto a mim como em tantas outras noites o fiz. Não conseguia. Pela primeira vez fiz força, muita mesmo para não me agarrar a ela que tantas vezes ficou perto enquanto estás longe. E esta noite... não consegui. Eu quis não ter, não precisar que estejas aqui.
Mas estás aqui, sempre em mim... quer eu queira, quer não.
Ao fazer a cama, já vestida para sair, não pude deixar de a pôr junto a mim, de sentir o seu conforto, o teu cheiro que nela deixaste... e fiquei pelo chão do quarto com as lágrimas a cair, agarrada a um pedaço de ti... não sou forte como pensava mas quero saber respeitar o que me pedes agora e nada te digo enquanto ainda sinto o teu abraço.
Um beijo*